Houve um tempo onde se lia
Na linha reta do horizonte
Fronte à Chapada com seus montes
Poemas tortos entre puras fontes
Árvores tortas os escreviam
Assim se confundiam, com as linhas do horizonte
Hoje vejo a linha reta, que se perde em meu olhar
Tento mas não vejo, torta entre os cometas, aquela velha caneta
Triste sabia, a magia não mais havia
Agora vejo soja, vejo o nada, assim leio meu desejo
Desejo em um raio que essa vertigem desapareça
Que de volta entre linhas e canetas tortas, meu cerrado refloresça...
Helena Aragão
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